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Executivos cujo futuro pode ser decidido no novo ano

Reputação, dinheiro, sobrevivência. Muito está em jogo para importantes líderes de grandes empresas globais em 2012.

Há vários exemplos: Abilio Diniz terá em 2012 seu grande teste para manter seu controle sobre o Pão de Açúcar; Tim Cook tem pela frente a dura tarefa de substituir o carismático Steve Jobs; na American Airlines, Thomas Horton começa o ano num processo de concordata, com a missão de cortar custos — o que deve exigir intensas negociações com sindicatos.

Aqui está um resumo de alguns dos mais intrigantes cenários para o mundo dos negócios e os principais executivos que vão navegar por eles no próximo ano.

Abilio Diniz | Pão de Açúcar
Abilio Diniz passou a sua vida construindo a maior rede de supermercados do Brasil, o Pão de Açúcar, enfretando seus concorrentes, sua família e seus amigos, durante o percurso.

Em um período de debilidade financeira na última década, ele concordou em vender seu império para o francês Casino SA., mas a complexa transação só culmina em 2012, quando Diniz, de 74 anos, terá que entregar uma única e decisiva ação que dará o controle ao Casino.

Em 2012, o audaz executivo tentou manter sua empresa, agindo pelas costas do Casino para fechar um acordo com o mais feroz rival da empresa francesa, a Carrefour SA, também da França. A tentativa fracassou, mas ninguém acredita que isso tenha dissuadido Diniz e muitas surpresas são aguardadas antes do prazo limite, no próximo mês de junho.

Akio Toyoda | Toyota
Para Akio Toyoda, diretor-presidente da Toyota Motor Corp., 2012 pode ser um ano de vai ou racha.

O comandante da maior montadora japonesa se comprometeu a manter a produção doméstica em 3 milhões de veículos ao ano, apesar de os rivais japoneses estarem correndo para o exterior. A alta do iene para cotações recordes em relação ao dólar corroeu as margens de lucro nas exportações japonesas.

Toyoda, de 55 anos, está iniciando o terceiro ano desde que assumiu o leme da empresa de nome tão parecido com o seu e que foi fundada por seu avô. Ele já prometeu evitar o esvaziamento da base industrial japonesa. Mas com a cotação das ações da Toyota nos menores níveis em 15 anos, o seu comprometimento levanta uma questão que ecoa Charles Erwin Wilson, que presidiu a General Motors no início do século XX: "O que é bom para o Japão é bom para a Toyota e vice-versa?"

Tim Cook | Apple
Em seus mais de dez anos na Apple Inc., Tim Cook já provou que é um craque na gestão das operações da gigante de tecnologia. Em 2012, o mundo vai descobrir até que ponto ele está confortável como o homem à frente da empresa.

Em agosto, o executivo de 51 anos foi indicado para o cargo de diretor-presidente, substituindo o legendário cofundador Steve Jobs, que morreu em outubro depois de sofrer com um câncer pancreático. Até agora, Cook tem conseguido conquistar pontos com empregados e investidores, que dizem que ele é afável, mas também rigoroso, e que mergulha nas operações e produtos da Apple com a mesma atenção aos detalhes que Jobs tinha.

Este novo ano vai trazer uma outra bateria de testes: Cook vai provavelmente ficar em evidência, acompanhando o lançamento de novas versões para aparelhos antigos, como o iPhone e o iPad e, possivelmente, alguns novos produtos, como a tão antecipada TV Apple.

Tom Staggs | Disney
Para os principais executivos da Walt Disney Co.'s, 2012 vai ser o primeiro ano completo na corrida pela coroa de diretor-presidente, e nenhum outro candidato parece ter mais changes de ocupar o posto que Tom Staggs e Jay Rasulo.

Servindo o atual diretor-presidente, Robert Iger, que em 2011 anunciou sua intenção de deixar a posição em 2015, os dois executivos veteranos da Disney trocaram de posição a pedido do chefe. Em 2012, cada um deles terá que supervisionar planos ambiciosos que vão indicar o potencial para dirigir uma das maiores empresas do mundo.

Staggs, presidente do conselho da área de parques temáticos e resorts, vai conduzir o desenvolvimento da Disneylândia de Xangai, parte de um resort de US$ 4,4 bilhões.

Rasulo, diretor financeiro, terá que colocar a empresa em condições de apresentar resultados comparáveis aos do último trimestre fiscal, em que a Disney apresentou lucro e receita recordes.

Kenneth C. Frazier | Merck
No seu primeiro ano à frente da Merck & Co., Keneth Frazier defendeu os pesados gastos da empresa farmacêutica com pesquisa de medicamentos, apesar das críticas de Wall Street.

Ele prometeu proteger os laboratórios da Merck — no Brasil, MSD — dos grandes cortes que rivais como a Pfizer Inc. estavam fazendo e, com isso, o conselheiro que virou diretor-presidente se tornou um importante defensor da ciência na indústria farmacêutica.

Se Frazier tem condições de se sair melhor do que aqueles que dizem que pesquisa e desenvolvimento gastam demais depende da sorte de remédios como o Bridion, criado para reverter os efeitos da anestesia cirúrgica e que a Merck pretende submeter aos reguladores americanos para aprovação em 2012.

O ex-aluno da Universidade Penn State também vai dirigir um comitê especial que investiga a resposta da universidade a alegações de abuso sexual infantil contra um ex-treinador de futebol.

Ginni Rometty | IBM
Desde ontem a International Business Machines Corp. está em uma nova era, com a primeira mulher no comando. Virginia M. Rometty, atualmente em seu 30º ano empresa, conquistou o cargo depois de ter conduzido a expansão da IBM para o segmento de consultoria de alto nível e para os mercados emergentes.

No topo da sua lista de prioridades está a continuação dos esforços de crescimento na área de software para empresas e computação em nuvem, além do maior foco em mercados emergentes.

Rometty, de 54 anos, não pretende fazer mudanças na estratégia, modelo ou mapa financeiro da IBM no curto prazo, disse ela ao The Wall Street Journal em outubro, quando foi nomeada diretora-presidente.

Entretanto, a executiva sabe que é crucial que a IBM não deixe de se reiventar, um conselho dado por seu atencessor, o diretor-presidente Samuel J. Palmisano, que continua à frente do conselho.

Cyrus Mistry | Tata Group
Ele tem capacidade gerencial ou só está lá por causa de seu pai? Essa é a questão que pesa sobre Cyrus Mistry, o aparente herdeiro do emblemático conglomerado indiano Tata Group, que tem entre seus ativos a montadora de carros de luxo Jaguar e o hotel Pierre, de Nova York.

O currículo de Mistry exibe conquistas como diretor gerente da empresa de construção da família, a Shapoorji Pallonji & Co. Mas seu pai, o recluso bilionário Pallonji Minstry, é também o maior acionista da Tata Sons, a empresa holding do grupo Tata, com uma participação de 18%.

Mistry terá tempo para aprender no emprego antes que as respostas se tornem claras: ele vai passar quase um ano como aprendiz do presidente do conselho, Ratan Tata, que se aposenta em dezembro de 2012.
Jack Ma | Alibaba Group
Jack Ma, presidente do conselho do maior império de comércio eletrônico da China, a Alibaba Group Holding Ltd., acabou se tornando uma figura-chave no incerto destino da americana Yahoo Inc., que tem uma participação de cerca de 40% em sua empresa.

Ma tem o direito de fazer a primeira oferta pela fatia da Yahoo na Alibaba, e o executivo não esconde sua intenção de ficar com pelo menos uma parte dessas ações. Isso lhe dá poder de decisão sobre o ativo mais valioso da Yahoo.

Este ano, Ma conseguiu contornar seu conselho na decisão de transferir o controle de uma importante subsidiária para uma outra companhia que ele controla. Ma diz que fez a mudança para cumprir as regras relativas ao pagamento de serviços pela internet, mas a decisão o colocou no meio do debate sobre governança corporativa na China e intensificou o temor de que o governo possa tentar limitar ainda mais os investimentos estrangeiros no crescente setor de internet no país. Fonte: The Wall Street Journal.

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Um comentário:

Suraj disse...

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