20110725

Um Oscar para os melhores funcionários

A noite é de premiação. Os indicados em cada categoria têm seus rostos exibidos em um enorme telão, conforme seus nomes vão sendo anunciados pelos mestres de cerimônia. Quando o vencedor é revelado, caminha até o palco e recebe um troféu dourado como prêmio. A descrição lembra, em muito, a entrega do Oscar, um dos eventos mais importantes do cinema mundial. A semelhança, porém, não é mera coincidência.

A inspiração na tradicional cerimônia da academia americana foi a estratégia adotada pelo HSBC no Brasil para premiar os funcionários que se destacam a cada ano. A iniciativa chamada "Ouro da Casa" foi colocada em prática em 2006.

Na época, pouco mais de 700 colaboradores inscreveram seus projetos de sucesso em 17 diferentes categorias. Este ano, foram mais de 2.500 candidaturas ao prêmio, entregue pelos principais executivos da instituição. "A experiência tem dado tão certo que já estamos 'exportando' o modelo para outras operações do HSBC como México, Peru e Panamá", afirma a diretora de recursos humanos Vera Saicali.

Segundo ela, aproximadamente 170 pessoas estão envolvidas no processo de seleção. Cada projeto é avaliado por um comitê de executivos, com representantes de todas as áreas. São eleitos de três a cinco finalistas por categoria e o vencedor em cada uma delas é escolhido pelo presidente da empresa em conjunto com um grupo de dez diretores.

A premiação, no entanto, é o ponto alto do processo. "Além de ser um evento de gala com jantar, show e discurso do presidente, é um momento de reconhecimento do trabalho do funcionário e, principalmente, do time envolvido em cada projeto", afirma Vera. Não há recompensa em dinheiro: o funcionário ganha apenas a estatueta e a 'fama' no ambiente corporativo. "Os ganhadores se tornam celebridades entre os colegas", brinca.

Uma das vencedoras deste ano foi a gerente de produtos internacionais Luciana Kang. Ela desenvolveu e pôs em prática o projeto de instalação de mesas de negócios no Brasil e na China, com o objetivo de estreitar o relacionamento entre os dois países. O volume das operações na área passou de US$ 25 milhões para US$ 141 milhões e a iniciativa se tornou exemplo para outros países. "O reconhecimento foi um incentivo para ampliar o projeto", diz.

O fim da cerimônia também traz surpresas: após a entrega das estatuetas, o presidente do HSBC no Brasil, Conrado Engel, concede prêmios extras a projetos escolhidos pessoalmente por ele - foram cinco na edição de 2011. "Sempre busco recompensar iniciativas inovadoras, que demonstrem dedicação extra ou que se destaquem por seus resultados", diz.

Um dos escolhidos pelo presidente foi o diretor regional Rogério Elmais. Responsável pelas regiões Leste e Nordeste, ele e sua equipe foram homenageados pela atuação durante as chuvas na Serra Fluminense, no início deste ano. "O banco instalou comitês de segurança, infraestrutura e recursos humanos para encontrar funcionários desaparecidos e prestar assistência às famílias de quem foi atingido", conta Elmais.

A ação, que envolveu aproximadamente 30 pessoas, estendeu-se também à comunidade local e tem algumas iniciativas preservadas até hoje. "O prêmio é uma vitória para essa equipe que se empenhou voluntariamente", afirma Elmais. FONTE JORNAL VALOR.

Nenhum comentário: