20110714

Empresas aumentam os investimentos em RH


O desafio de atrair e reter talentos está fazendo as empresas aumentarem os investimentos em suas áreas de recursos humanos. A conclusão é de uma pesquisa feita pela Deloitte com 97 companhias no Brasil, que revela também que as duas prioridades desses departamentos este ano são as políticas de treinamento e de remuneração.
Segundo o levantamento, quase metade das empresas devem aumentar seus recursos na área de RH (ver quadro). A prioridade é o desenvolvimento de talentos - o valor destinado a esses projetos aumentou de 2,2% do faturamento líquido no ano passado para 2,4% em 2011. "Parece pouco, mas representa uma grande fatia dos orçamentos", afirma Fábio Mandarano, gerente sênior de capital humano da Deloitte.
Ele explica que os investimentos são resultado das mudanças organizacionais que as companhias estão promovendo para ganhar competitividade. "A maioria continua otimista e prevê crescimento nos negócios, nos lucros e nas equipes", diz. Essa postura passa também pelas políticas de remuneração. "Elas estão revendo seus modelos e buscando estratégias mais condizentes com as práticas de mercado", afirma. A maior parte das empresas entrevistadas promoveu reajustes acima da inflação nos salários fixos em 2010 - a média de aumento real foi de 4%.
Dentre as estratégias de gestão de pessoas que mais se destacam estão as políticas de remuneração variável, especialmente para o nível executivo. Em 2010, as companhias destinaram o equivalente a 3% do faturamento líquido para o pagamento de itens como participação nos lucros, bônus, previdência privada e incentivos de longo prazo. Os bônus referentes aos resultados de 2011, que serão pagos no primeiro trimestre do próximo ano, devem ser ainda maiores do que os recebidos este ano, beneficiando colaboradores de todos os níveis.
A pesquisa mediu, pela primeira vez, o tempo médio de permanência de diferentes profissionais nas organizações. As grandes empresas são as campeãs de retenção com média de 79 meses por empregado - as pequenas registram 60 meses. Em todas elas, verificou-se que, quanto mais alto o cargo, maior o comprometimento: presidentes chegam a permanecer por 109 meses, enquanto profissionais de nível operacional ficam 62 meses. O alto índice de turnover verificado em companhias de todos os portes comprova o aquecimento do mercado brasileiro. Segundo a pesquisa, a rotatividade em 2010 variou de 11% a 17%, de acordo com o porte da companhia.
Para Mandarano, as empresas que possuem modelos de gestão de pessoas desatualizados vão ter mais dificuldades para atrair e reter profissionais. "Mesmo quem já adota boas práticas precisa se adaptar constantemente às mudanças do mercado.". Fonte Jornal Valor.

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