20110329

Excesso de dados desafia a gestão de negócios

A despeito de previsões da consultoria Gartner, que projeta um aumento de 650% no volume de dados empresariais nos próximos cinco anos, a massa atual de informações digitais traz problemas na gestão das companhias.
Um estudo encomendado pela Avanade - empresa de serviços de tecnologia da informação (TI) - mostra que 56% dos executivos disseram estar sobrecarregados pela quantidade de dados que têm de gerenciar atualmente. Realizada pela Kelton Research, a pesquisa incluiu 543 executivos de grandes empresas de 17 países da América do Norte, da Europa e da Ásia.
Mesmo com o excesso de dados em destaque, um entre cada três executivos disse acreditar que o acesso a mais fontes de informações permite que seu trabalho seja mais bem executado. Ao mesmo tempo, 46% dos entrevistados apontaram os dados imprecisos ou desatualizados como a principal causa de decisões equivocadas em suas companhias.
"As empresas estão muito focadas em coletar dados e mais dados, mas se esquecem de identificar o que é realmente estratégico para os seus negócios", diz Tyson Hartman, vice-presidente e chefe de tecnologia da Avanade, empresa que resultou de uma joint-venture entre a Microsoft e a Accenture.
O executivo vê a busca pela filtragem dos dados como uma oportunidade para a Avanade. Ele diz que as informações relativas aos relacionamento com os clientes foram consideradas as mais críticas para as empresas na pesquisa. Nesse universo, 67% dos executivos já investiram ou pretendem investir em sistemas de gestão do relacionamento com os clientes (CRM, na sigla em inglês), nos próximos doze meses.
A Avanade aposta na oferta do Dynamics, um programa de CRM da Microsoft, associada a outros serviços, como consultoria e desenvolvimento de aplicações sob medida para atender a essa demanda de estruturação das informações.
Essa estratégia também será adotada no Brasil. Para Jun Endo, gerente-geral da Avanade no país, os problemas com a gestão de dados serão mais intensos no país. "A adoção da tecnologia no Brasil vem crescendo até quatro vezes mais do que nos países compreendidos pelo estudo", afirma.
Sob essa perspectiva, Endo diz que a meta é ampliar de 180 para 250 o número de profissionais no Brasil até o fim de 2011, além de triplicar a operação no país nos próximos três anos. Fonte Jornal Valor. (MD)

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