20150429

Cuidado com táticas para parecer inteligente

Ao tentar parecer inteligente, muita gente acaba parecendo tolo.
Usar, por exemplo, palavras difíceis ou expressões faciais indefinidas são táticas que podem não funcionar para alguns, mostram estudos.

Um número crescente de pesquisas está destrinchando como as pessoas formam as primeiras impressões da inteligência de outras — e como isso funciona quando se tenta manipular essas impressões. As pistas que as pessoas procuram ao avaliar a inteligência de outras são simples. Mas, sob pressão, não é sempre fácil descobri-las. Entre os sinais estão mostrar autoconfiança, falar clara e suavemente e responder de forma reflexiva ao que os outros estão dizendo, mostram as pesquisas.

E deixar o telefone longe. Um dos sinais mais fortes e acurados de inteligência é olhar para os outros quando se está falando com eles, diz Nora A. Murphy, professora associada de psicologia na Universidade Loyola Marymount, em Los Angeles, que já realizou seis estudos sobre o assunto. Em um deles, Murphy comparou, no mesmo estudo, os comportamentos que as pessoas adotam quando tentam parecer inteligentes e dicas sobre o que os observadores levam em conta para avaliar a inteligência dos outros.

Em um estudo de 2007, com 182 estudantes de graduação, alguns participantes foram instruídos para tentar parecer inteligentes durante uma discussão com um parceiro que seria filmada. Todos também fizeram um teste de QI. Separadamente, os pesquisadores viram os vídeos sobre 28 comportamentos diferentes.

As pessoas que tentavam parecer inteligentes apresentaram alguns comportamentos em comum. Entre eles: olhavam para os outros enquanto ouviam ou falavam, sentavam-se eretas, suas expressões faciais eram sérias e evitavam certos gestos, como tocar o cabelo ou o rosto. Mas apenas os dois primeiros desses comportamentos foram classificados com um QI elevado pelas pessoas que assistiram aos vídeos.

Os observadores também deram uma classificação de QI elevada aos participantes que pareceram mais relaxados e confiantes. Eles consideram mais inteligentes aqueles participantes que usaram uma expressão autoconfiante em vez de uma expressão indefinida, falaram claramente com uma voz agradável e expressiva e foram receptivos à conversa dos parceiros — acenando, balançando a cabeça e “sendo engajados na conversa e prestando atenção”, diz Murphy.

As pessoas que tentaram parecer inteligentes assumiram riscos ao expor o que elas não sabiam, indica a pesquisa. Os observadores foram mais precisos em estimar os QIs — incluindo mais baixos — daqueles que foram instruídos para agir de forma inteligente do que os QIs dos que não receberam nenhuma instrução.

Aparentemente, as tentativas dos participantes de manipular uma impressão acabaram , na verdade, destacando outros sinais que ressaltaram baixa inteligência.

“Quando mais você tenta, mais deixa óbvio” que está tentando, diz Murphy.

Óculos

Alguns estereótipos simples sobre inteligência também podem criar outras primeiras impressões. Usar óculos pode levar desconhecidos a considerá-lo mais inteligente, aponta um estudo de 2011 do Swiss Journal of Psychology.

Usar uma inicial no meio do nome faz com que as pessoas esperem um melhor desempenho em uma disputa intelectual, segundo vários estudos sobre temas europeus e americanos publicados no ano passado no European Journal of Social Psychology; iniciais no meio do nome indicam, para algumas pessoas, maior status social e educação.

Essas primeiras impressões positivas podem ser desfeitas, entretanto, tão logo essa linguagem pretensiosa comece a interferir na habilidade dos outros entenderem e se comunicarem com você.

As pessoas que floreiam seus textos com palavras complicadas e longas são vistas como menos inteligentes pelos leitores, segundo um estudo de 2006 de Psicologia Cognitiva Aplicada.

‘ubíqua’

O local de trabalho, obviamente, é cheio de pessoas se esforçando muito para parecer inteligente. Dianna Booher treinou um gerente que tentava impressionar os outros aprendendo uma nova palavra todos os dias e usando-a o dia todo. “Ele dizia: eu vou usar a palavra ‘ubíqua’ hoje’ e ele a usava de três a quatro formas diferentes nas reuniões, nas conversas de corredores e às vezes ela se encaixava, às vezes não”, dize Booher, consultora de comunicação empresarial, do Texas. Em vez de melhorar sua imagem, “ele se tornou motivo de piada”, diz ela.
Outros tentam transmitir a impressão de inteligência falando demais, e muito alto — “escondendo-se atrás de um muro de palavras na expectativa de que ninguém vai notar que não sabem nada”, diz Lisa D. Parker, presidente da Heads Up Coaching e Consulting, em Nova York.

Parecer calmo e confiante é outro bom sinal: as pessoas que se movem mais rapidamente que as outras ao seu redor são consideradas menos inteligentes, segundo um estudo de 2007 publicado no Journal of Personality and Social Psychology.

Ainda assim, algumas pessoas consideram a projeção da inteligência como uma competição, diz William Arruda, consultor de marketing pessoal de Nova York. “Em reuniões, elas pensam, ‘Eu sempre tenho que ter a resposta, então tenho que falar a primeira coisa que vier na minha cabeça”, diz ele. Os outros rapidamente interpretam esse tipo de comportamento como um sinal de insegurança. Aqueles que sabem projetar melhor sua inteligência, diz Arruda, “são aqueles capazes de dizer ‘eu não sei’”.

Quando Dan Cappello, um ex-executivo da área de seguros e operador de pregão na bolsa, comprou uma empresa que produz equipamentos para fabricantes de chips anos atrás, ele não conhecia nada sobre o setor. Nas primeiras reuniões, ele decidiu admitir isso e surpreendeu os 40 empregados da empresa ao anunciar: “Olha, eu não entendo isso. Você pode explicar para mim?”, diz Cappello. Ele disse aos empregados que estava ansioso para aprender o negócio, mas que focaria nos seus pontos fortes, o conhecimento em vendas e marketing, para expandir a empresa, diz Cappello, diretor-presidente da MEI, em Albany, no Estado do Oregon. A empresa ampliou as vendas dez vezes e hoje tem 300 funcionários. Fonte The Wall Street Journal.

Consultoria para melhorar resultados nas empresas www.ncm.com.br
Revitalize a gestão da sua empresa. Visão Estratégica com avançada metodologia de execução.

Palestras para Empresas – Motive sua equipe - www.narcisomachado.com.br
As palestras são excelentes para motivar, melhorar desempenho, atingir metas, melhorar a integração de equipes.

Curso Formação em Coaching BPC – Coaching para desenvolvimento de negócios - www.bpccoaching.com.br
Conheça a mais completa formação em Coaching e Mentoring com especialização em negócios da América Latina.


Nenhum comentário: